01 agosto 2016

[RESENHA] BATTLE ROYALE

Título: Battle Royale
Autor(a): Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Ano: 2014
Páginas: 664


Sinopse: Em ‘Battle Royale’ o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens – a turma de estudantes tem 42 pessoas -, trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar – e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo – é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?


NOTA:



Battle Royale nos transporta para a história de uma turma do nono ano do ensino fundamental, onde o Estado é totalitário. Os jovens são jogados em uma ilha e obrigados a matar uns aos outros até que só sobre um vivo. O jogo é uma espécie de programa do governo, onde a intenção é observar e analisar o comportamento dos jovens. E obviamente serve para espalhar o medo, principalmente nos indivíduos que não concordam com o sistema de governo. E sim, há alguma coisa em comum entre Battle Royale e Jogos Vorazes, mas um não é cópia do outro, nem derivado.



A história é bem escrita e embora o livro seja grandinho, as 600 e tantas páginas passam bem rápido, gosto de distopias e essa chama atenção. O que levaria uma população a permanecer inerte diante de um governo que coloca seus jovens nessa situação? Sempre me pergunto, se o que aconteceu antes foi tão terrível, que eles agora se sujeitam a isso. Battle Royale tem muitos personagens, mas todos eles são bem desenvolvidos pelo autor e acabamos nos envolvendo facilmente. Em algumas partes do livro, o autor nos apresenta um pouco da história do personagem, quem ele é, o que ele fazia, você começa a gostar do personagem e ele vai e morre. É triste!

Imagine só, ter que enfrentar seus colegas de classe em batalhas até a morte! 

                              

O autor passa a nos mostrar o que se passa com vários personagens, revezando os momentos e os capítulos da escrita entre eles, mas os que mais aparecem são Shuya, Noriko e Shogo.

No começo do livro fiquei um pouco perdida, porque primeiro: A quantidade de personagens é imensa e segundo: os nomes são bem diferentes dos que estou acostumada, então o que mais acontecia era confundir os personagens. Mas nada disso impediu a velocidade da história. O autor finalizou a história de maneira brilhante, é impossível adivinhar.

Battle Royale tem sim algumas semelhanças com Jogos Vorazes (JV), mas nada além da ideia central (os jogos sangrentos com os jovens) e algumas cenas que são parecidas, mas JV vai muito além da arena de batalha, no entanto as duas obras são únicas e Battle Royale parece algo para um público mais velho e tem muito mais sangue (cuidado para não expirar quanto abrir o livro).

Se você gostou da temática de JV, então Battle Royale é mais do que recomendado, além de te prender do início ao fim. E embora existam semelhanças entre JV e Battle Royale, o desenvolver dos dois é bem diferente. Confere, há uma enorme chance de Battle Royale agradar.



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