01 agosto 2016

[RESENHA]: A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Título: A Menina Que Roubava Livros
Autor(a): Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Ano: 2005
Páginas: 592



SINOPSE: Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.


NOTA:


Liesel é filha de uma comunista, que logo no início do livro está levando ela e o irmão para que outra família cuide dos filhos, exatamente para protegê-los. A nova família é o casal Hans e Rosa Hubermann. Durante o trajeto de trem até Munique, o irmão de Liesel acaba falecendo e elas o enterram em um cemitério no meio do trajeto. Atordoada com a situação, Liesel acaba roubando “O Manual do Coveiro”.

“Com um olho aberto, outro ainda no sonho, a roubadora de livros — também conhecida como Liesel Meminger — pôde ver, sem sombra de dúvida, que seu irmão caçula, Werner, estava caído de lado e morto.”



Liesel então segue viagem até encontrar os novos pais. Rosa, sua nova “mãe”, é dona de uma linguagem agressiva e extremamente imperativa, sempre está brigando ou reclamando de alguma coisa. O novo pai de Liesel, Hans, é um pintor com um coração imenso e generoso, ele também toca acordeão.

Rudy é um dos meninos que mora na casa ao lado, ele logo mostra interesse por Liesel e os dois se tornam amigos.

“Doido ou não, Rudy sempre esteve destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bolada de neve na cara é, com certeza, o começo perfeito de uma amizade duradoura.”

A adaptação de Liesel a nova família não é fácil, primeiro porque acaba de perder o irmão e segundo porque acredita que foi abandonada pela mãe biológica. Liesel tem pesadelos quase todas as noites. Mas com paciência Hans começa a se aproximar da menina a cativar a menina. É ele quem ensina Liesel a ler e a escrever, “O Manual do Coveiro” é o primeiro de muitos livros que eles lerão juntos. Cada livro é uma forma de escapar da situação em que a Alemanha nazista se encontra e uma maneira de Liesel viver.

Embora a situação seja difícil, Liesel tem uma infância quase normal, ela escuta o novo pai tocar acordeão, vai à escola e joga bola com os meninos na rua. Eles não têm muito dinheiro e Rosa lava roupas para complementar a renda. Uma de suas clientes é a mulher do prefeito, Ilsa Hermann, que por acaso (ou não), tem uma biblioteca maravilhosa. Ilsa vê Liesel pegar um dos livros que haviam sido proibidos e deveriam ser queimados e quando as duas se encontram ela permite que Liesel leia seus livros, desde que mantenha segredo. Liesel se depara com uma nova situação, quando seus pais abrigam Max, um judeu que precisa se esconder, um segredo maior que a menina e que pode coloca-los em perigo.


                     

O livro é sensacional, não tenho outra palavra para descrever, A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS é um dos meus livros favoritos. Zusak nos traz uma visão totalmente nova sobre o tema nazismo, não só por usar a morte como narradora, mas por mostrar a vida de uma criança através dos acontecimentos terríveis da guerra, a inocência e a incompreensão que vemos através de Liesel é simples e ao mesmo tempo impactante.

Hans, que eu adoro, é o melhor tipo de pessoa e mesmo compreendendo a situação como um todo, ele consegue educar Liesel e mostrar o certo e o errado num mundo virado de cabeça para baixo. Rosa é uma surpresa boa. Até determinada parte do livro, eu ficava imaginando porque Hans tinha se casado com ela e a resposta veio, uma surpresa agradável.

Max é outro personagem genial, ele permite que Liesel enxergue a vida, e Liesel permite que ele veja o mundo através de seus olhos de criança. Rudy é um daqueles personagens que queremos levar para casa, é um amigo leal e corajoso.

Leitura super recomendada, assim como o filme, que embora tenha algumas divergências com o livro, ficou ótimo. Uma ressalva para a intérprete de Liesel nos cinemas, ficou perfeita.

                                                         

Quando a Morte conta uma história,você deve parar para ler.




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